quinta-feira, 19 de novembro de 2009

REFÉM

É a vida então seu usufruto
afogada entre meio e extremo
sei só das coisas que escuto
do seu mel destilado em veneno.

Ela é fera e fada atrevida
persuasiva até com os ventos
coitados daqueles que não forem atentos
com a hóspede nela contida.

Não consegue disfarçar a ironia
da sutileza de seu uso e abuso
deixando um idiota sempre confuso
e assim goza de sua viril covardia.

Há uma estranha em sua morada
talvez simbiose, talvez possessão
feito máscara que foi fixada
é a dúvida, nem sim, nem não.

Voa Fênix, voa também Andorinha
sendo levada pela marcha do Carnaval
é um belo objeto do Bem e do Mal
que oferece a Maçã e a erva daninha.

E conveniente carrega um disfarce
o de ser compreendida por ninguém
mas está estampado em sua face
o olhar de socorro de uma refém.

4 comentários:

  1. PARABÉNS Rafa, está perfeita, maravilhosa!!!
    Eu ainda fico pasma com nossa sintonia, com a capacidade que você tem de ler nas entrelinhas...a forma como completa o que deixei de escrever.
    Não fazes idéia do orgulho que tenho em dividir esse espaço com você - que honra!
    Beijos, poeta.

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  2. Olá Cris, duas coisas se somaram: sai do dihiTT e fiquei lendo suas paginas hoje; resultado: estarei lhe acompanhando por aqui com certeza. bjs Marco

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  3. Parabens pela iniciativa!! Quando puder me visite!
    Beijo
    Vanda

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  4. Olá Rafhael

    Tinha no olhar...que tinha,
    Alma (só) de tanto ter
    A saudade que acarinha
    Afagos longe do ver.

    Abço

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