segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eupatia

Eupatia
Não quero tua complacência, nem tuas penas, apenas,
não quero olhos rasos, nem quero sua compaixão,
não quero palavras amenas,
me inaugurastes fria e de pés no chão.

Quero o axioma por mais que doa,
quero a expressão simples de quem ignora,
quero teu gesto mesmo que à toa,
mas quero tua verdade agora.

Ainda que a realidade não seja a desejada,
ainda que tua existência me despreze,
melhor que a dúvida velada:
é a certeza que me endurece.

E talvez quem sabe, empedernida então,
eu possa resolver tudo de uma vez:
clarear essa densa escuridão,
e, enfim, me curar do mal que você me fez.

Mas ainda insisto em minha ciropedia,
imagino-te meu, imagino-me tua,
e mesmo que te pareças minha dor uma comédia,
é essa minha instância etérea e nua.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. ki mal te fiz coraçao..rss..adorei linda..eh uma shakespeare..rs..bjaum

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  3. Ora, ora cavalheiros!! A dama é minha. Somente ela montará junto comigo em meu cavalo faísca e sairemos por ai sem destino. Somente ela, pois,em meu cavalo faísca não há espaço para dor de cotovelo.

    Hasta luego!! Lembranças ao Sargento Garcia!

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  4. hahaha!!!
    Del e Ro, vocês são a alegria desse blog, deviam comentar TODAS as poesias...

    Beto, a resposta para esse seu comentário sumariamente dispensável, segue via depoimento.

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  5. Acho teu bonito este trabalho que agora o verá em meu blog,divulgando a beleza e graça contida nas palavras!Parabéns!!!

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