quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Frenesi

Tu queres que eu aceite o teu drama,
ou que desenhe o chão que tu pisas?
Ofereço-te os olhos rasos e brisas
mas sou volúpia que arde e inflama.

Que doa então a prazerosa mentira
pois não me excita a verdade tão crua,
sou pecado da luxúria à ira
de verdade quero tua entrega, quente e nua.

É tolice ansiar o desprezo
sê fiel ao que realmente fulgura,
é certo que por vezes deslizo
mas eterno é o minuto que dura.

Tu és pedra e eu a água que esculpe
que te banha ainda que tu te endureças,
não esperes que pelo mal me desculpe
pois eu sou tua melhor das sentenças.

Tua mente ao prazer é bloqueio
e não se engane buscando constância,
na dor e comédia é que eu te rodeio
mas se estátua, terás minha distância.

3 comentários:

  1. Rafa, você consegue ler nas entrelinas, e nas réplicas preenche a lacuna que te deixo por gosto, só para vê-lo desenhar o que pensei em escrever,o que fica guardado num tácito: MAS SERIA MELHOR SE... E seguimos assim: um destilando veneno e o outro vacinando com versos. Afinal se ela sofre em Eupatia, é apenas pelo prazer de ver-te curar as chagas em rimas.
    Parabens, poeta!

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  2. Boa noite!

    Antes de tudo, gostaria de agradecer o comentário deixado no meu blog. Admito que me surpreendi. Agradeço, veementemente, e espero que continue a nos visitar.

    E, como não poderia deixar de ser, dei uma olhada no seu blog. Gostei muito! Achei fantástica a ideia dos "duelos e duetos", além do fato de ambos escreverem muito bem. Precisamos de mais pessoas criativas como vocês no mundo, rsrs.

    Um grande abraço do novo amigo virtual.

    Rodrigo, MtF.

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  3. Antes de mais nada ,gostaria de agradecer o carinho deixado no meu blog.
    Sou uma novata nas poesias e poemas e pensamentos soltos.
    Escrevo com coração.
    Você escreve muito ! Parabéns.
    Abraços,
    Syl

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