A tão sedutor convite, poeta
não ousaria jamais declinar
mas adianto o sentimento que lhe afeta:
é o louco desejo de violar.
Profanemos assim os santos costumes
aceito seus ares respirar
mas prometa-me que sairemos impunes
depois de ao bárbaro nos entregar.
Terei que abrir mão de uma antiga interna ordem
para na satisfação clandestina mergulhar
os cães do preconceito,os calcanhares me mordem
de minha submissão espartana precisarei me livrar.
Permito-me agora o sujo e o inapropriado
quero no lodo do delito a alma macular
confesso-te o que há muito tenho guardado:
sempre quis no inferno dançar.
Certa de estar flertando livremente com o vil
saboreando o momento insano
celebro em êxtase a convicção que ruiu
morreu a hipocrisia, inauguro em mim o humano.
Se alcançou minhas expectativas? Você as superou!
ResponderExcluirWoow, esse dueto foi bastante impactante. Acho que a seguinte frase resume tudo: "morreu a hipocrisia, inauguro em mim o humano".
Como sempre, perfeito.
Continuem com a parceria e nós continuamos deleitando-nos com tão maravilhosa disputa.
Rodrigo.
Incrível a potencialidade das suas poesias. Estou ficando fraco nas disputas! rs
ResponderExcluirvocê é demais!
lindo
ResponderExcluirNossa, Bruma, que lindo! Adorei! Me identifico e reconheço nessa ânsia de flertar com o lado escuro e me encanto com o humano, detesto me sentir em um pedestal e os homens às vezes insistem em nos colocar ali, não é?
ResponderExcluirParabéns!
Beijos carinhosos!
Exatamente Letícia. É que alí, no "pedestal" tudo fica muito cômodo para eles. Nos fazem acreditar que somos especiais, que estamos num lugar merecidamente especial e elevado, mas no fundo querem apenas nos castrar e nos limitar por meio da culpa. Afinal se somos tão especiais não podemos cometer certas coisas, como por exemplo a loucura de flertar com a sombra nos entregando (como eles) às delicias de sermos apenas HUMANO.
ResponderExcluirVolte sempre aqui. Beijos carinhosos pra vc também!