quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Agridoce

É um caminho sem rastros
a própria deriva dos passos
numa semi insensatez
vivida na sombra dos fatos
insidiosa beleza da tez.

Seja antítese, seja sinestesia
veneno doce, dor e anestesia
inconstância metaforizada
é uma quimera recalcada
que assusta, que alicia.

É a descrição que se revoga
é penumbra, é transição
é aquela que sacia e afoga
a incólume erupção.

Não é porta, nem janela
curioso e proibido vão
prazer e perigo nos lábios delan
os olhos a persuasão
sedutora, sagaz, singela.

Ela tem o verso que me cala
na sede que me inocula
Bruma excita e encabula
Brum com minha prosa acasala.

2 comentários:

  1. Sensacional!!!
    Profundo, forte e perturbador...
    Sou cada vez mais sua fã. Beijossss

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  2. WooW! Acho que a Cristiane disse bem: "profundo, forte e perturbador". Estou até sem fôlego, rsrs.
    Só para explicar minha asência: estou sem internet e, para completar, sem computador também.
    Por causa disso, o blog está desatualizado e estou em falta com suas postagens.
    Mas, pelo visto, vocês não perderam nenhum pouco do encanto que conseguem exercer sobre nós com seus duetos, ou duelos. Como preferir...
    Assim que retomar minhas atividades bloguísticas, retorno aqui.
    Um grande abraço.
    Rodrigo.

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